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PREGUIÇA GIGANTE  E MASTODONTE
EM ITAITUBA (Pará)

         A descoberta dos fósseis de três preguiças gigantes (Eremotherium) e um mastodonte (Cuvieronius), todos encontrado em julho de 2001, no Município de Itaituba (PA), possui 13.340 anos. O material foi datado nos Estados Unidos e o resultado do exame foi encaminhado ao Museu Paraense Emilio Goeldi, Instituto de Pesquisa vinculado ao Ministério da Ciências e Tecnologia e responsável pelo estudo do material.
         O fóssil da preguiça pôde ser datado porque preservou o colágeno (proteína contida no osso), o que possibilitou a datação do material através da análise do Carbono 14. Essa é a primeira datação em um exemplar em fosseis de mamíferos da Amazônia.
         O fóssil do animal encontrado é uma preguiça gigante de hábitos terrestres, do grupo Megatérios (ordem Xenarthra ou Edentata), com distribuição pela América do Sul e cujos representantes atuais são o bicho preguiça, o tatu e o tamanduá. O mamífero gigante media cerca de 6 metros de comprimento, pesava mais de 5 toneladas e se alimentava de folhas.
         O material estava enterrado em uma propriedade privada em Itaituba e foi encontrada durante escavações para fazer um tanque de criação de peixes. Ao que tudo indica, os animais foram levados por uma enxurrada e ficaram presos em um buraco.
         O grande porte do animal, a dificuldade de movimentação e o fato de viver em bandos confirmam a teoria de que há cerca de 14 mil anos atrás, a Amazônia era uma imensa savana, parecia com o que é hoje a África. “Com essas características é impossível imaginar que a preguiça vivesse em uma floresta densa”, explica o paleontólogo e diretor e diretor do Museu Emilio Goeldi, Peter Toledo, que estuda os fósseis encontrados.